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sábado, 21 de abril de 2012

Apenas para reflexão!!!

Olá, minhas queridas,

Estou organizando tudo para divulgar as minhas mais novas artes, espero que vcs gostem e garanto que dessa vez não vai demorar muito, prometo!!!rs
Mas neste momento, gostaria de compartilhar com vcs essa belíssima e emocionante mensagem (é grande, mas vale a pena apreciar)...
Ah, aproveito para contar que os nossos "Pimpolhos", Pucón e Petrus estão se dando super bem na casa nova, tem sido só alegria...
Divulgo as fotinhas deles em breve tbem.

Beijo grande e fiquem com Deus.

OBS: Deh, acho que essa msg vai fazer vc lembrar de um serzinho que vc ajudou a mudar a história.


Encontrei seu cão

Hoje encontrei seu cão.
Não, ele não foi adotado por ninguém.
Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães, aqueles que não têm, não querem um cão.
Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele, para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, para ver o perdão em seus olhos, pelo sofrimento e pela dor que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele...
Mas eu não era você, e apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos me viam como um estranho, ele não confiava em mim, ele não se aproximava.
Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você.
Ele não entende que você não está procurando por ele, ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar, isso é mais importante do que comida, água ou um estranho que pode lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome.
Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso.
Veja bem, ele não é um cão selvagem, ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas.
Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo, ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida, ele só sabe que precisa encontrá-lo.
Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida.
Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada.
Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão, algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando, depois de dias de sofrimento sem água e sem comida.
Voltei ao local antes do anoitecer, não o encontrei.
Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas.

Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele.
Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo.
Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.
Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão.
A sede não o atormentava mais, sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado, o
machucado da pata não o incomodava mais.
Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento, pois seu cão morreu.
Ajoelhei-me ao lado dele e chorei por você não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios.
E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado. 

Autor desconhecido

E como sabemos, ninguém é obrigado a ter um cão, mas se tem, é obrigado a cuidar.